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porque existimos

a necessidade de dar o contributo para que uma nova ordem e visão se estabeleçam

Vivemos tempos desafiantes e urgentes, efetivamente tempos de extremos. A insustentabilidade dum modelo demasiadamente suportado em lógicas de crescimento economicistas está aí à vista de todos e é impossível de, conscientemente, a negar. São evidentes os pesados custos sociais, ambientais e obviamente também económicos dum modelo de crescimento desregrado, delapidador e desumano. As alterações climáticas, as migrações, as desigualdades gigantes, a perda de habitats e da biodiversidade, a desertificação, a desflorestação, a degradação dos oceanos e dos rios, a poluição de origem diversa, são alguns dos mais gritantes impactos que temos, desde já, que enfrentar.
O tempo agora deve ser de determinação e ação na inversão deste caminho apostando-se em novos modelos e ideias que se baseiem nos princípios da sustentabilidade, equilíbrio e equidade. Se estivermos atentos percebemos que a inovação aí está, a propagar-se a um ritmo e com um alcance nunca antes vistos também. Vivemos assim tempos de polaridades acentuadas e evidentes. Para dar lugar a uma nova ordem sustentada em valores realmente importantes há que deixar ruir os velhos modelos obsoletos e as velhas formas de conceber o mundo e o nosso papel nele, que nos conduziram a esta situação limite. Deixar cair esta ideia de domínio e exploração a qualquer preço e custo e recriar uma nova forma de estar em relação com o mundo, com o outro e sempre connosco baseada na solidariedade, reciprocidade e sustentabilidade. 
O chamado para participar neste novo caminho é para todos. É duma nova consciência que necessitamos. Duma consciência que seja mais amorosa e harmoniosa com este todo que nos sustenta de forma a recriarmos uma nova vida. A nossa ação é de vital importância nos diferentes seios e contextos em que nos movemos. Enquanto cidadãos, consumidores, empresários, líderes, comunidades temos todos um contributo crucial a dar, diretamente com a nossa postura e atitude  mas também pelo incentivo e exemplo que podemos representar. Sendo a mudança que queremos ver no mundo e começando com pequenos ou grandes passos, mas começando.
Este é o tempo de fazermos melhor e diferente. Os mais de 25 anos de trabalho em educação ambiental quando esta área era praticamente desconhecida por cá deixaram-me uma resiliência mas também uma capacidade de acreditar de que é possível, de que somos capazes de voltar a equilibrar a balança e respeitar as condições de vida deste todo que nos sustenta e suporta. Que assim seja.

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